Leandro M. Cortes

Linha do tempo
Nessa tênue e frágil
Linha da vida, Ora
Somos dor, ora somos
Amor.
Ora somos tudo,
Ora somos nada.
E quem dera
Se pudéssemos tecer
A eternidade além
Do que nos é previamente
Concebido pelo destino,
O qual ousa romper
Nossos laços sem
Aviso prévio.
E colocamos
Um ponto, onde deveria
Haver continuidade.
Somos inocentes diante da
Morte, já que sábio é o
Tempo.

O nome desse rio é vida.
Esse rio corre sem parar.
Esse rio tem coração, tem
Alma.
Esse rio tem nome.
Esse rio nasce e desaguá
No mesmo lugar.
Esse rio é doce é salgado.
Esse rio tem sede.
Esse rio tem lá suas marcas.
Esse rio é passageiro.
Esse rio, que me banha.
Esse rio que me lanha.
Esse rio que me afoga a dor.
Esse rio que é pureza e amor.
Esse rio não morrerás .
Eternizar se á em sua
Passagem.

A vida é pluma leve.
Que a vida leve consigo
Tudo que impede
Os ventos do destino de
Me elevarem as alturas.
Tudo que me impede
De folhear os dias e
E alimentar a alma
Diante das páginas da vida.

Aprende logo menina:
Tudo na vida passa.
A vida não espera
Suas dores passarem, não seja só mais
Uma passageira diante da vida.
Não espera pelo tempo, nem
Pelo destino, nem por Deus.
Desapega do que só te leva para trás
E só te trava o andar e pega uma
Carona com a vida e corre
Atrás daquilo que te faz bem
E se afasta do que só te faz mal.

Ela já foi tanta coisa
Nessa vida.
Já foi:
Menina,
Mulher,
Madura,
Imatura,
Humilde,
Orgulhosa,
Dor,
Amor,
Calor,
Frio,
Verão,
Inverno,
Outono,
E Primavera.
Já foi,
Mocinha,
Bandida,
Neura,
Drama,
Desespero,
Ansiedade,
Sinceridade.
Já foi,
Início,
Meio
E fim.
Foi nós.
Nó que
Que se
Desatou.
Mas, como dizem
Por ai: Amar,
Re amar
E remar.
Lembra

Ela aprendeu a transformar suas lágrimas em um mar de água corrente, onde foi deixando todas as suas dores, tristezas, decepções e frustrações no passado.

Busco apenas um amor sem complicações.
E lá vem a vida me presentear com um bebê, uma criança, um aprendiz.
Como se o amor fosse um grande parque de diversões.

Ao meu amor
Virá um dia em que você irá lembrar
Desse que amou você
E você simplesmente
Desprezou.
Quando você perceber que seu amor acabou
Que suas folhas secaram,
Caíram como amas secas
E sua raíz secou.
Você ira chorar pétalas de lágrimas,
Que irão rolar pelo seu corpo,
Cair em meio a terra,
Espalhar se
Pelo chão.
Como folhas mortas todas suas alegrias
Irão sucumbir em meio à sombra,
Que irá florescer a sua volta.
E o que irá lhe restar,
Será apenas
A solidão.
Você irá procurar me no vazio da noite,
Como um parasita em busca de
Seu hospedeiro para
Sugar lhe, nutrir se,
Se alimentar.
Então cá estarei eu pronto a devolver lhe seu verde
E fazer brotar em seu corpo galhos de paixão.
Folhas de felicidade, raízes fortes.
As quais irão se alimentar
Da água que advêm
Da minha vertente
Chamada
Amor!

Hoje meu amor não veio me ver.
Ante esse frio que me invade, só me resta retirar aquele velho cobertor do guarda roupa para me aquecer.

O que eu quero é apenas alguém que me ame.
Que me chame de meu amor, pois meu amor será recíproco.
Alguém que esteja ao meu lado ao anoitecer e que não me abandone ao amanhecer.
Alguém que me ature naqueles dias em que nem eu me entendo.
Que me cubra com sua luz nos dias escuros.
Que me traga paz nos dias atribulados.
Que saiba o significado da amizade.
Que saiba o valor do companheirismo.
Alguém aquém eu possa ligar somente para ouvir a voz quando a saudade vier repentinamente.
Que me surpreenda diariamente.
Que venha a me conquistar com seu jeito simples.
Que afaste de mim a solidão quando ela insistir em me fazer companhia.
Que respeite minhas manias.
Que me corrija quando eu estiver errado.
Que aplauda quando dos meus acertos.
Que saiba conviver com meus defeitos.
Que me abrace fortemente quando a tristeza tentar me dominar.
Que divida comigo aqueles pequenos momentos diários que tornam a vida tão espetacular.
Que saiba o real sentido de amar e ser amado.
De amparar e sentir se amparado.
De proteger e sentir se protegido.
O que eu quero, senão apenas ser feliz!

Te daria a chave da minha casa, da minha vida, do meu amor.
Te cederia um pouco mais de mim, doaria meus pertences, o coração e diria: Toma, tudo que tenho é teu, faça bom uso.
Mas, o ser usado cansa.
A gente vai cansando de amores parasitas, de ser só mais uma diversão em período de férias.
O tapa buracos.
Não me queixo da solidão.
Pelo menos, ela não me magoa, nem me machuca e nem me faz sentir ressaca de outros amores.
Talvez amanhã eu volte confiar no amor.
Talvez Não sei!

Vez em quando esqueço de mim, de você, de nós, só não esqueço de esquecer que te amo demais.
Eu te amo!

De vez em quando sinto medo das tempestades da vida e um frio na alma, mas confio em Deus.
Tenho fé em Deus.
Fé de que tudo vai passar.
Porque depois da chuva, das lágrimas, sempre vem o sol.
Depois do cinza, tudo se torna mais azul e colorido.
Tudo se torna, mas leve e vibrante.

Só peço a Deus paz para minhas ansiedades, calmaria para minhas tempestades, silêncio para minhas inquietações, companhia para minhas solidões, sorrisos diante do mau humor do outro, forças diante dos ventos contrários e proteção diante da inveja e da maldade alheia.

Quem tem Deus, tem paz, tem amor, tem brilho e luz.
E que o amor nunca acabe, que ele prevaleça.
Que seja felicidade completa, nada de metades, sem racionamentos.
Que seja além do superficial, que seja cristalino e profundo.
É o que peço a Deus todos os dias.