Foram idas e vindas.
Foram várias brigas com o meu coração e razão, entre o querer e já posso esquecer.
Mas é sempre assim, todas às vezes que consigo finalmente me livrar desse amor vem algo muito mais forte e me faz voltar ao passado.
O menino não vai voltar, a brincadeira de sentir mágoa ou loucura vai se acabando aos poucos e só sobraram os pequenos rastros que também vão se apagando sem querer.
Ela era a última menina sozinha daquela cidade.
Amelie, dezessete anos, filha de pais separados, um metro e sessenta e nove centímetros de drama, sorrisos e amores.
Com cabelos na altura do seu ombro.
E ela adorava se comparar a Capitu, a personagem de Machado de Assis.
Mas pela última vez, se lembre, eu gosto tanto de você e quero que jamais se esqueça do que eu escrevi um dia para você – Por mais que doa, por mais que te faça sangrar nunca se esqueça das minhas palavras contraditórias.
A gente nunca se despediu, apenas seguimos, cortamos o contato ou qualquer sentimento de modo bruto e estreito.