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Júlio Weber Maciel

Esse governo o que vem a ser ele senão uma tradição, tentando se transmitir inteira á posteridade, mas que a cada instante vai perdendo porções de sua integridade Ele não tem a força nem a vitalidade de um único homem vivo, pois um único homem pode fazê lo dobrar se à sua vontade.
Qualquer tipo de governo se transforma numa espécie de revolver de brinqueto para o próprio povo; e ele certamente vai quebrar se por alguma razão o povo o usar seriamente uns contra os outros, como uma arma verdadeira.
Mas nem por isso ele é menos necessário; pois todos precisam dispor de uma máquina complicada e barulhenta para preencher sua concepção de governo.
No entanto, quero me pronunciar como cidadão, distintamente daqueles que se chamam antigovernistas: O que desejo é um governo melhor e não o fim do governo.
Se cada homem expressar o tipo de governo capaz de ganhar se respeito, estaremos bem próximos de conseguir formá lo.
Como formá lo "Tendo a convicção de que isto será o melhor.
Tendo consciência e pensamentos livres para escolher e formular o que achar que é o melhor, e sabendo que depois de formá lo sua consciência estará em paz consigo mesmo.
A partir dai, reconhecê lo, respeita lo e se dedicar inteiramente para ajuda lo a comandar".
Mas um governo no qual prevalece o mando da maioria em todas as questões não pode ser baseado na justiça, mesmo nos limites da avaliação dos homens.
Não será possível um governo em que a maioria decida virtualmente o que é certo ou errado No qual a maioria decida apenas as questões às quais seja aplicável a norma da conveniência Deve alguém decidir de sua consciência, mesmo por um único instante Na minha opinião devemos ser em primeiro lugar homens, e só então súditos.
Não é desejável cultivar o respeito às leis do mesmo nível do respeito aos direitos.
A única obrigação que tenho direito de assumir é fazer a qualquer momento aquilo que julgo certo.
Costuma se dizer, e com toda razão, que uma corporação de homens conscienciosos é uma corporação com consciência.
Ha muitos homens, que serve algum governo só com a cabeça, pois raramente se dispõem a fazer distinções morais.
Há um número bastante reduzido que serve algum governo também com sua consciência; são os homens que acabam com isto, mais resistindo do que servindo; e os tratam geralmente como inimigos.
Um homem sábio só será de fato útil como homem e não se sujeitará à condição de "barro" a ser moldado para tapar um buraco e cortar o vento; ele preferirá deixar esse papel, na pior das hipóteses para suas cinzas.
Toda votação é um tipo de jogo, tal como damas ou gamão, com uma leve coloração moral, onde se brinca com o certo e errado sobre questões morais; e é claro que há apostas neste jogo.
O caráter dos eleitores não entra nas avaliações.
Proclamo meu voto de acordo com meu critério moral; mas não tenho um interesse vital de que o certo saia vitorioso.
Estou disposto a deixar essa decisão para a maioria.
O compromisso de votar, dessa forma, nunca vai mais longe do que as conveniências.
Nem mesmo o ato de votar pelo que é certo implica em fazer algo pelo que é certo.
"Um homem sábio não deixará o que é certo nas mãos incertas do acaso e nem esperará que sua vitória se dê através da força da maioria".
"Ha escassa virtude nas ações de massa dos homens".
Existem leis injustas; devemos submeter nos a elas e cumpri las, ou devemos tentar emendá las e obedecer a elas até sua reforma, ou devemos transgredi las imediatamente Numa sociedade com o governo como o nosso, os homens em geral pensam que devem esperar até que tenham convencido a maioria a alterar estas leis.
A opinião de muitas pessoas, é de que a hipótese da resistência pode vir a ser combatido.
Mas é precisamente o governo o culpado pela circunstância de o remédio ser de fato pior do que o mal.
É o governo de homens que não sabem governar que faz tudo ficar pior.
Porque o governo não é mais capaz e se antecipa para lutar pelas reformas Porque ele não sabe valorizar sua sábia minoria Porque ele chora e resiste antes de ser atacado Por que ele não estimula a participação ativa dos cidadãos para que eles lhe mostrem suas falhas e para conseguir um desempenho melhor do eles lhe exigem Poque eles lhe exigem Porque eles sempre crucificam Jesus Cristo
Ensaio extraído do livro desobedecendo de "Henry David Thoreau".

Constantemente dentro do meu intimo, sinto a felicidade abater se com muita força, causando o que poderíamos chamar de "Constância intensa de dor".
Um apelo sempre brota mais tarde, querendo chegar a uma significação da realidade, congênita em termos de ordem geral e sentimental.
Dentro destas duas parcelas, ou passos a seguir, existe uma força misteriosa classificando nos como seres virtuosos.
"Mas o que é a virtude " Sócrates já perguntava nos áureos tempos tumultuosos do pensamento humano.
Sempre nos abaterá esta força.
Como fugir dela se pecamos contra a nossa própria existência Se tentamos enganar com suposições falsas a todos e a nós mesmos
É certo que uma luz misteriosa ilumina o caminho de alguns.
Mas porque não todos buscam esta "misteriosa sabedoria iluminada e magnetizada " É certo também que a realidade atual não passa de conjecturas incutidas na mente, tornando nos escravos da "realidade virtuosa falta".
Posso sentir em meus tornozelos a dor que é transmitida pelos grilhões da falsidade paliativa das palavras.
Com muita intensidade o raio cai, mas não cai em minha cabeça, cai a meus pés, e parte a corrente que me prende, deixando me livre.
Mas o que é a liberdade Nem expressa la eu posso, pois, o que é que poderia dizer sem que um milhão de outras correntes sejam jogadas aos meus pés, com uma única intensão, paralisar os meus passos e tapar os caminhos da verdade e de meu livre arbitro em busca da tal virtude real, que se encontra presa nas teias pré socráticas e platônicas da "Gênese humana".

Ó estranha quietude que habita o interior de meu ser.
Ó estranho pesar que mais de uma vez possuiu todo meu modo de agir e de pensar corretamente.
Como poderia imaginar que toda está influência do instinto da razão fosse me abater e me jogar de encontro as quimeras do tempo, da razão, da voz interior que sempre me diz, mais uma vez, o que devo ou não fazer.
Passo os olhos, as mãos, sinto, vejo, imagino; tudo e vida, morte; tudo é nascer e perpetuar o nascimento com juventude e o amadurecimento; tudo é sofrer e se entregar aos olhos cabisbaixos e chorosos da razão; tudo é alegria na ânsia do saber e do corrigir corretamente todas as conclusões.
Não quero ser aquilo que me dizes que devo ser, quero ser livre, não ter um opressor ditando me regras e maneiras de agir.
A livre e espontânea vontade é ponto máximo da minha concupiscência e da reflexão instintiva.
Vá em paz; siga caminhos memoráveis, passe por sobre escombros da própria sabedoria, seja milenar, conheça os astros, as galáxias, conheça a si mesmo como se tudo passasse em um só segundo, dentro, enclausurado neste corpo humano que é só matéria e se transformará em pó, voltando assim para os limites da sua extensão de espirito, como precursor de ventos, de terremotos, de tristezas, de tudo que existe, como se tudo não encontrasse um ponto, ou lugar generalizado por barreiras impedindo lhe os caminhos a seguir.
Volte quando não mais possuir a verdade, tentando encontrar, mesmo que sofra, as verdades perdidas ou influenciadas pelos enganadores da palavra, combatendo assim todas as mentiras com verdades.
Muitos não aceitarão, pois, estão presos dentro de falsos conceitos.
Não sabem pensar, pensam por eles, sentem medo que tudo desabe e se encontrem perdidos e presos numa teia de sofrimentos.
Mas o que é o sofrimento se não sabe distinguir se estão certos ou errados Como que o sofrimento pode abater lhes a alma, se já se encontram abatidos de sofrimento e mal sabem disto Este é o sofrimento que foi entregue a humanidade, não sabem refletir e discernir corretamente e entregam se as palavras de falsos profetas, idolatrando falsos deuses.
Existe sofrimento pior do que este
Muitos eu sei, riem quando são levados a enxergar seus erros, mas não dão o braço a torcer, mesmo sabendo que estão errados, pois isto é o orgulho de seus próprios enganos.

As aparências enganam até as mais esclarecidas mentes.
E muito fácil ser levados por caminhos que não contrastam com seu modo de agir ou pensar.
A eloquência é, e sempre foi pelo vis cidadãos de um estado ou povo, uma falsa maneira de contribuição civil.
São raras as vezes que paramos, pensamos e compreendemos os complicados mecanismos que atuam para a concepção de uma eloquência logica e desinteressada, a priori, de recompensas e riquezas, em busca de bem estar material, muitas as vezes desnecessárias.
Como tenho feito constantemente, através de estudos filosóficos e de grandes tempos perdidos em elucubrações sobre algum determinado e abrangente tema, que me abate na maioria das vezes, sou levado a concluir, sempre, que não basta estarmos aqui vivos, achar que somos livres, correr em busca de poderes e riquezas, sermos promíscuos na maioria das vezes, sentimos medo, medo de nós mesmos, acharmos como Hobbes que "O homem é o lobo do homem".
Isto significa liberdade ou um estado permanente e imperceptível de repressão humana Basta querer ser livre para sermos felizes Não! Nunca neste século ou quem sabe nos tempos vindouros teremos está tal liberdade; Liberdade de expressão; Liberdade espiritual; Liberdade Civil; Liberdade material sem anseios acima do necessário.
São coisas ou matérias até certo ponto incompreensíveis pelas eloquências que somos constantemente obrigados ou levados a admitir, sem a chance de escolhermos ou apegarmo nos pelo qual achamos, CORRETO OU CERTO.