Minha liberdade é construída dentro de minha prisão, vivo em sentidos de plena confusão.
Na solidão de ser só dois, na ambiguidade de querer, no sentido que meu ritmo vai se encantando com você.
Fugi para os labirintos internos.
Você nem tem olhado para o céu.
Ta sem tempo, ta sem vida.
Sente o poema Lê o livro Sorri para o nada
Você nem tem olhado para o céu, quem dirá para sua alma.
J.
Medeiros (retalhos de Matheus Rodrigo)
No chuveiro enquanto a água cai o banho fica em segundo plano, sou levado pelas gotas, analiso, crio, e sonho.
Meu momento, meu corpo, meus pensamentos, minha escuridão.
Banho gelado, coração apaixonado, dia quente e agitado, sinais que saem leves como um abraço.
Ser livre dentro da prisão do meu dia: sonhar em ser o “que mais queria”.
A satisfação que eu tenho com as palavras não é a mesma que tenho com os sinais, os sinais me libertam, as palavras me aprisionam.
O estranho em mim é sempre um desafio.
Ele queria viajar para outro mundo.
Viajou.
Gostou.
Precisava voltar, voltou, mas permaneceu nos dois mundos, virou uma ambiguidade, vivia no real e na fantasia.
E a vida só reservou uma tigela de ironia e de brinde fantasmas que resolvem aparecer nas noites de solidão.
Mãos que discordam, interagem, discutem e debatem.
Dessas mãos saem piadas, afetos e intrigas.
Mantemos opiniões entre ateísmo e religiões, ciência e sobrenatural.
Fazemos tudo isso com mãos e um mundo totalmente visual.
Pessoas que nunca encontraram o verdadeiro amor são carrancudas, angustiadas, amargas, rabugentas, chatas e sem brilho.
Dessas, tenho pena e só lamento.