O conhecimento deve conduzir ao amor.
Quanto mais sabemos, mais devemos compartilhar do que sabemos com os outros e usar o nosso conhecimento em serviço a eles, seja na evangelização, seja no ministério.
Às vezes, porém, nosso amor poderá moderar o nosso conhecimento.
Pois o conhecimento em si pode ser ríspido; é lhe necessário Ter a sensibilidade que o amor lhe pode dar.
Foi isso o que Paulo quis dizer quando escreveu: “O saber ensoberbece, mas o amor edifica”.
O “senhor do saber” de quem ele fala é o cristão instruído, sabedor de que há um só Deus, de que os ídolos nada são, e que portanto não há razão teológica alguma pela qual não deva comer uma comida que fora anteriormente oferecida a ídolos.
Entretanto, pode haver um motivo de ordem prática para dela se abster.
É que alguns cristãos não têm tal conhecimento e, em conseqüência, suas consciências são “fracas”, ou seja, não instruídas e excessivamente escrupulosas.
Anteriormente eles próprios haviam sido idólatras.
E, mesmo depois de sua conversão, acham que, em sã consciência, não podem comer tais carnes.
Estando com eles, então, Paulo argumenta: o cristão “forte” ou instruído deve abster se para não ofender a consciência “fraca” de seus irmãos.
Ele mesmo tem a liberdade de consciência para comer.
Porém o seu amor limita a liberdade que o conhecimento lhe dá.
Talvez seja contra tais circunstâncias que Paulo chega a dizer, em alguns capítulos adiante:
“Ainda que eu conheça todos os mistérios e toda a ciência se não tiver amor, nada serei”.