Mas sabemos que Deus não tem deixado um homem assim à mercê um do outro, de forma que este possa deixá lo passar forme se o deseja: Deus, o Senhor e Pai de tudo não deu a nenhum de seus filhos uma tal propriedade em sua porção particular das coisas desse mundo, mas ele tem dado a seu irmão necessitado um direito ao excedente de seus bens; de forma que a seu irmão esse direito não pode ser negado quando sua necessidade urgente demanda: e, portanto, nenhum homem poderia jamais ter um poder justo sobre a vida de outro homem pelo direito de propriedade na terra ou em possessões; uma vez que seria sempre um pecado, para qualquer proprietário, deixar seu irmão perecer por falta de disposição em ajudá lo por meio de sua fartura.
Como a justiça dá a todo homem um título ao produto de seu negócio honesto e à justa aquisição de seus ancestrais que descendeu a ele; assim a caridade dá a todo homem um título à totalidade da fartura do outro que o excluiria da extrema pobreza, em que ele não possui qualquer meio de se subsistir de outra forma: um homem não mais pode justamente fazer uso da carência do outro, forçando o a tornar seu vassalo, por meio da recusa daquela ajuda Deus requer que ele provenha à necessidade de seu irmão do que aquele que tem mais força pode confiscar do mais fraco, forçá lo a obedecê lo, e, com um punhal em sua garganta, oferecê lo a morte ou a escravidão.