O homem nasce livre, e em toda parte é posto a ferros.
Quem se julga o senhor dos outros não deixa de ser tão escravo quanto eles.
Junto do estado civil vem a liberdade moral, a única que torna o homem verdadeiramente dono de si, já que obedecer apenas aos desejos é escravidão, e a obediência à lei é a liberdade.
O mais forte nunca é forte o suficiente para mandar para sempre, se não transforma sua força em direito e a obediência em dever.
Deixemos que discutam esses problemas o homens justos, que jamais pecaram e que nunca necessitaram para si mesmos de perdão.
Há no fundo das almas um princípio inato de justiça e de virtude, com o qual nós julgávamos as nossas ações e as dos outros como boas ou más; e é a este princípio que dou o nome de consciência.
Desde que um homem foi reconhecido por outro como um ser sensível, pensante e semelhante a si próprio, o desejo e a necessidade de comunicar lhe seus sentimentos e pensamentos fizeram no buscar meios para isto.