Loucos, os pobres homens que contentam se só com o contente;
Miseráveis, mesquinhos, patrões que só o que brilha é o relógio do pulso que finge ser de ouro;
Mundo pobre, mundo rico, mundo nosso e de apenas alguns donos;
Minha perdida noite, onde o som da cigarra foi substituído pelo assombroso ruído dos carros;
Até minha manhã, choro de rir com as cinzas nos meus olhos;
Mundo mudado, mundo falado, tão desconversado;
Quem deu permissão para o mundo torna se nisso
Fingir ser verdadeiro é tão falso quanto ser falso;
Criamos uma selva para esconder nossa coragem e habitar os nossos medos;
Como o ontem era bom, mundo meu, meu mundo mudou;
Desesperados os passos, sempre mais largos, 100km/h é pouco, o salário é pouco;
Ah o sol, algo que parece que está apenas no céu, acho que poucos sabem disso;
Pobre estas faces humanas que se perdem na multidão, tentando achar o bilhete para pegar o metrô;
E esses arranha céus, aranharam o nosso céu;
E esquecemos nos de olhar as esquinas, o único caminho que conhecemos é o da gaiola, que em outros tempos se chamava casa;
Volta mundo meu, espero deitado no meu quarto só pra ver quando eu vou poder contar de novo as estrelas; JC