Gustave Flaubert

“Faz se crítica quando não se pode fazer arte, como quem se torna delator quando não se pode ser soldado.”

O artista deve fazer com que a posteridade pense que ele não existiu.

O estilo está tanto nas palavras como dentro delas.
É igualmente a alma e a carne de uma obra.

Punham se então a falar em voz baixa e a conversa parecia lhes assim mais doce, pelo seu recato.

O dever é sentir o que é grande, querer o que é belo, e não aceitar todas as convenções da sociedade, com as ignomínias que ela nos impõe.

A partir desse momento, a sua existência não foi mais do que um amontoado de mentiras, em que ela envolvia o seu amor como que em um véu para o esconder.
Era uma necessidade, uma mania, um prazer, a tal ponto, que se ela dissesse ter passado ontem pelo lado direito da rua, devia se acreditar que passara pelo esquerdo.

Tinha essa inexprimível beleza que resulta da alegria, do entusiasmo, do êxito, e que nada mais é que a harmonia do temperamento com as circunstâncias.

Ser estúpido, egoísta e ter boa saúde são três requisitos para a felicidade, mas se a estupidez faltar está tudo perdido.

Aturdir se na literatura como numa orgia perpétua é o único sistema para suportar a vida.

Não desculpo de modo algum aos homens de acção que não vençam, uma vez que o êxito é a única medida do seu mérito.

A necessidade é um obstáculo indestrutível; tudo o que se lança sobre ela estilhaça se.

Não há verdade, só há percepção.

O coração é uma riqueza que não se vende e não se compra.
O coração é uma riqueza que se dá.

O sucesso é uma consequência e não um objectivo.

Apesar de tudo, o trabalho ainda é o melhor meio de fazer a vida passar