A cor das flores não é a mesma ao sol de quando uma nuvem passa ou quando entra a noite.
(Do livro Fernando Pessoa Obra Poética II, Coleção L&PM, Organização: Jane Tutikian, pág.
69.)
"Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir.
O que confesso não tem importância, pois nada tem importância.
Faço paisagens com o que sinto”.
(Do Livro do Desassossego Bernardo Soares Bernardo Soares (heterônimo de Fernando Pessoa (PDF))
O homem está acima do cidadão.
Não há Estado que valha Shakespeare.
(extraído do livro em PDF: Aforismo e Afins)
“uma confissão de que a vida não basta.
Talhar a obra literária sobre as próprias formas do que não basta é ser impotente para substituir a vida”.
( em "Heróstrato e a busca da imortalidade".
)
"A vida, para mim, é uma sonolência que não chega ao cérebro.
Esse conservo eu livre para que nele possa ser triste”.
(Do Lvro do Desassossego Bernardo Soares Bernardo Soares (heterônimo de Fernando Pessoa (PDF))
É uma vontade de não querer ter pensamento, um desejo de nunca ter sido nada, um desespero consciente de todas as células do corpo e da alma.
É o sentimento súbito de se estar enclausurado na cela infinita.
Para onde pensar em fugir, se só a cela é tudo
Afinal, se coisas boas se vão é para que coisas melhores possam vir.
Esqueça o passado, desapego é o segredo!
Tudo que existe existe talvez porque outra coisa existe.
Nada é, tudo coexiste: talvez assim seja certo.
Ver muito lucidamente prejudica o sentir demasiado.
E os gregos viam muito lucidamente.
Por isso pouco sentiam.
Daí a sua perfeita execução da obra de arte.