“Pobres das flores dos canteiros dos jardins regulares.
Parecem ter medo da polícia
Mas tão boas que florescem do mesmo modo”
(trecho extraído do livro em PDF: Poemas de Alberto Caeiro)
A única atitude intelectual digna de uma criatura superior é a de uma calma e fria compaixão por tudo quanto não é ele próprio.
Não que essa atitude tenha o mínimo cunho de justa e verdadeira; mas é tão invejável que é preciso tê la.
É bonito ser amigo, mas confesso: é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher teu rosto de lembranças,
Dá me tempo, de acertar nossas distâncias.
Sonho.
Não sei quem sou neste momento.
Durmo sentindo me.
Na hora calma
Meu pensamento esquece o pensamento,
Minha alma não tem alma.
Segue teu destino, rega tuas plantas, Ama as tuas rosas.
O resto é sombra de árvores alheias Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode dizer te.A resposta, está além dos Deuses.
Onde você vê a teimosia, alguém vê a ignorância, um outro compreende as limitações do companheiro, percebendo que cada qual caminha em seu próprio passo.
E que é inútil querer apressar o passo do outro, a não ser que ele deseje isso.
Sem verdade, sem dúvida, nem dono.
Boa é a vida, mas melhor é o vinho.
O amor é bom, mas é melhor o sono.