Felipe Magister

Todos nós morreremos solitários, por isso tememos tanto aproveitar a vida da mesma forma.

Enquanto falarmos de violência, ela irá existir.
Enquanto cultivarmos o ódio, mais irá se autodestruir
Enquanto pensarmos em preconceito, ele persistirá expandir.
Enquanto clamarmos por paz, mais bombas continuarão a explodir
Na guerra que você financiou, nas atitudes que não mudou
O tempo passou e mais discórdias você criou
Mais uma vítima sangue derramou, nos conflitos que você começou
Debaixo do seu teto, por seu próprio ego.
Criaram dias pra se conscientizar
Marchas para nas ruas protestar
Conflitam entre países para a paz conquistar
Matam, denigrem, prendem, oprimem
Toda uma vida para outras prosperar
Presentearam se com Hidras de Lerna
Onde lobos e cordeiros com tacapes sequer governa
Uns clamam por paz, outros guerreiam por ela
Lutam por direitos, enfatizam mais preconceitos
Nascem inocentes e morrem indecentes
Domesticaram com suas próprias correntes
Religiões, culturas, nações concorrentes
Conceitos diferentes de mentes deficientes
Como a dor que não cessa enquanto se lamenta
Tentativas frustradas serão insuficientes
Falar de diferenças para mais surgir
Falar de racismo para sobressair
É como cortar se para se ferir
O preconceito só deixará de se existir
Se você também evoluir.

O orgulho é tão silencioso quanto o arrependimento que carregam os culpados

O amor é como uma dose de álcool que em nosso sangue perpetra.
Vivemos nos embriagando sem medir todas as consequências hoje, para morrermos de ressaca e nos arrependermos amanhã.
E por mais que digamos que não o faremos outra vez, acabamos tomando outro porre para esquecer os outros amores que deixamos de tomar.

Nossas vitórias não consistem no tamanho de nossas conquistas e sim na importância daquilo que nunca havemos desistido.

A vida é um cronômetro.
Faça o seu melhor tempo.

Não há grandes conquistas sem sofrimento, como não há sofrimento sem grandes perdas.

Enquanto falarmos de racismo, ele continuará a existir.
Enquanto alimentarmos a dor e o sofrimento, ele persistirá existir.
Enquanto proclamarmos guerra em busca de paz, ela continuará existir.
Assim é ódio que mantemos em nosso coração.
Assim são as diferenças que enfatizamos em nossa nação.

Seu sorriso é um buril de corações, teus lábios um poço de tentações.
Olhos que transmitem emoções, corpos que emanam vibrações.

Impossibilidades é a maneira mais fácil que pessoas covardes encontram para justificar seus fracassos.

A vida é curta
Tão curta
Que basta o dia acabar
E mais ela se encurta
Portanto
não discuta
E tampouco,
a descurta
Do teu tempo,
Desfruta
E dos momentos,
Apenas curta.

Leve a vida de forma leve
Leve consigo apenas o que for leve
Pois a vida é tão breve
Breve como segurar diante o sol uma bola de neve
Pras tristezas, dê greve
Pros sorrisos, deixe soulevé
Sinta a vida tocar feito flocos de neve
Sabiamente releve
E tão levemente subleve
Leve, tão leve
E se eleve

Aja mais, espere menos
Suba o primeiro degrau,
Mas não se preocupe com o último
Viva o presente, não olhe para trás
Não questione, sinta
Não pressione, liberte
Se você recebe o amor, você tem muito
Se você dá, você tem tudo.

Não venha me dizer que a vida é uma só
Tu ainda nem aprendeu a desatar o nó
Em cada laço faz um entrelaço
Esqueceu que somos nada além de poeiras no espaço
Desde que aprendi a lançar um dó
Percebi que felicidade é dançar até nos dias sem sol
E em cada caminho se renasce mais um girassol
Deixei em cima da mesa as contas da dor
Para pagar com mil cartas de amor
E dos beijos, fiz azulejos
Pra construir meu próprio lugarejo
Pra ser cantor nem precisei ser compositor
Bastou um pouco de calor
Neste peito que tanto já se declamou
Pros dias que faltar fé
Por puro proveito, pus mais cor
Neste imenso andor
Para pagar promessas a São Tomé
E se soubesse que cada abraço teu fizera ali meu terraço
Construiria meu próprio palácio
Pros dias que faltar afeto
Recolher me em teu espaço
Mas feito a vida, amor é pura vinda e partida
Feito torta natalícia, fruta mordida
Não se pode levar tudo, só um pedaço
Segure me pelo braço
Ame sem cansaço

A Abdicação do Imponderável
Privado de meu tesouro, tu és minha afirmação à vida, minha paz mental após o pôr do sol.
E distante, caminho para vossa falsa graça.
Minhas palavras e meu alvorecer ficaram assim horrorizados.
O Sol ascende imponente, meus sentimentos morrem e as consternações do dia se franzem até vossos mais impetuosos destinos.
Outro dia irá partir Outra lágrima nesta vida tão triste irá seguir novos caminhos.
Se tu já viste meu sorriso, tu saberás que estou doente por dentro.
Óh minha extinção, com teu encoberto ébano sublime, vinde a derrubar tua mais árdua rosa.
Expediste em nobre modéstia às chamas deste temporal Assim renuncio me de tua aurora.
Estar diante de ti sem vosso melindre é ser tão cruel quanto tuas crenças nos desconhecidos artefatos, em pedras rochosas da Babilônia que hoje jazem escavados É tempo de mostrar sua verdadeira face, caminhando em teus amores sem vida é estar morto quanto vossas vidas entrelaçadas.
Este campo terreno que aprisiona minha alma, a inocência que rompe ao amanhecer, eu vejo como a beleza se desfaz.
Outro dia irá partir E novos caminhos serão feitos, e então novos corações serão digeridos.