Em uma das mãos trás o veneno
Na outra um copo de água
A noite é uma
De dia outra
Tenho a verdade mas prendo na boca.
Meus dias
Meus dias nem todos são azuis
Alguns amarelos ou até mesmo negros escuros
Mas lembro me de agradecer a cada um
Ao homem que me conduz.
No cair da tarde
A terra quente
Se esfria lentamente
Noites de verão
Que preguiçosamente vem
O negro tomando conta
Do imenso vermelhão
Um gostoso silêncio
Repousa no meu sertão
Mas que não pode emudecer
Meu pobre coração
Que anseia e deseja
Muito te ver.
Vivi
Ao teu lado vivi belos dias
Posso até comparar me com Deus
Por que em sete dias também
Criei um mundo
Um mundo para ti
Um mundo de sonhos e fantasias
Mundo que para mim era tão real
Basta a ti agora chorar,chorar e chorar.
Veja o brilho da estrela no ceu
Anuncia que vem Emanuel
Apelidado de comilão e beberão
Humilhado maltratado e crucificado
Tudo isso para pagar seus pecados.
Todo o pai
Já foi filho
Todo filho
Será pai.
Cada coração
Bate por uma razão.
Há alegrias
Que nos fazem chorar
Há sorrisos
Que nos fazem
Perder a dentadura.
Um aperto
Um vazio
Um querer sem fim
Lágrimas que lentamente
Tomam forma de pranto
Sinto o gosto do sal
Que forçadamente umedecem meus lábios
Líquido salobro
Que tempera exageradamente minha alma
Que um dia foi doce