"Perdeste bens, prazeres, distinções, e a isso consideras grande perda, de que não consegues consolar te.
Mas pouca importância dás à perda da fidelidade, do pudor, da doçura, da modéstia.
No entanto, o que nos arranca aqueles bens é uma causa involuntária e alheia a nós; por conseguinte não há desdouro nenhum em perdê los.
Mas quanto aos últimos, que são bens interiores, se os perdemos é por culpa nossa; e se vergonhoso e reprovável é não possuí los, mais digno de censura e de vergonha é perdê los.
"