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Eduarda Lins

Passei uns dias pensando em como somos vulneráveis ao amor, ao esquecimento, ao abstrato E pensei em tanta gente que eu conhecia, ainda conheço, mas que não fazem mais parte da minha vida rotineira como antigamente.
E pensei em como eu era feliz quando eu as tinha por perto, e percebi que não damos valor ao simples da vida, ao momento, ao sorriso, aos abraços Hoje sinto falta da sinceridade que carregava os sorrisos que me eram dados, aos abraços que me arroxavam que chagava até doer.
Mas era bom, e eu não sabia que aquilo tudo iria me fazer tanta falta hoje.
Amigos de infância, família de infância, vizinhos de infância Todos crescemos e tomamos rumos diferentes.
Uns mudaram de cidade, outros casaram, outros se foram Mas todos acabamos morrendo um na vida do outro.
E é disso que estou falando, de morrer na vida de alguém mesmo que ainda estejamos respirando.
Hoje ainda vemos isso.
Eu já morri na vida de tanta gente que achava que iria viver eternamente.
Eu já matei tanta gente da minha vida também.
Isso faz parte, acho.
Mesmo não querendo, a gente acaba esquecendo do tal abraço que aquele tal alguém te deu, do sorriso que aquele teu "amigo" soltou pra você A gente esquece, porque somos vulneráveis ao esquecimento.
Odiamos ser esquecidos, mas esquecemos de datas importantes como, o dia que você conheceu seu amigo, ou quando te deram uma carta, ou até mesmo aquele sorriso sincero.
Esquecemos do simples da vida.
Eu realmente queria não esquecer.
Mas, mesmo tendo tanta gente me tirando das suas vidas, eu continuo lembrando delas, e de como elas me fizeram felizes, e de como elas me fizeram bem, e de como eu ainda queria viver mais um pouquinho só pra mostrar que morrer é pra sempre, e que se me matarem eu não voltarei mais.
Eu quero viver mais na vida de cada um que me rodeia, quero deixar saudades, lembranças Deixar um: EU VIVI PRA TE FAZER FELIZ.