Quando a brisa da nostalgia sopra, agita a cortina rendada do tempo que sutilmente separa o presente do passado e, espalha na atmosfera o inebriante perfume da saudade.
Todas as vezes que sinto falta dele, eu busco na memória os motivos do nosso afastamento e à luz da realidade dissipo sem nenhuma culpa a sombra enganosa da saudade.
O tempo não volta atrás, mas exala nas lembranças, o perfume de momentos que foi transformado em saudade.
Hoje já nem escolho mais o drinque, sei que novamente a vida vai me servir, uma dose dupla de saudade.
Hoje uma lembrança perfumada invadiu o mais íntimo
do meu ser, fluiu como mel, exalou de todos os meus
poros as mais doces recordações.
Sai por ai como
flor serena banhada pelo luar exalando esse cheiro
adocicado de saudade.
A emoção tem sono leve, basta teu cheiro no silêncio da noite para que ela acorde, e revire sem minha permissão todas as gavetas que guardo ternas lembranças suas.
De nós, muito pouco restou.
Alguns flashes de lembranças dispersos nessa névoa densa em meu olhar e, essa saudade insana que tanto teima em me torturar.
Algumas canções são exímias nadadoras; com um só mergulho são capazes de buscar no fundo da alma o sentimento que nos devora.
Às vezes, os meus olhos se vestem de lembranças tuas, outras vezes, são as lembranças que se vestem de você.