Pode ter se tornado, pelo cansaço das pancadas da vida, seco, rude e desidratador, mas se for amor, nesse deserto tem um oásis revigorador, não tenha dúvida.
Eu sou como uma bela nuvem que forma lindas imagens no céu e parece inofensiva, mas que lançam raios amedrontadores.
Poucas coisas são impossíveis, muitas são difíceis apenas, pois requer uma entrega muito grande e não estamos preparados para lutar por nada.
Queremos tudo de mão beijada e sem atazanar os pensamentos e movimentar pernas.
Às vezes somos feridos na alma e o nosso coração sangra, mas odiar ainda é resultado do nosso interior frágil e vazio, embora, claro, sintamos a dor de uma desilusão, de uma covardia ou de algo ruim.
Ser de tal forma que a dor impingida seja sempre mais fraca que a força do nosso ser.
Não que eu não soubesse do furo no barco, mas sem correr riscos ninguém atravessaria esse rio de prazeres enormes.
Um valentão foi querer saber por que o amor “enfraqueceu” tanta gente forte e não voltou mais para dizer como acontece.
Quem chega à quentura do amor não volta para a frieza de antes.
Oque falta em nós fica nos amores despedaçados, mas, ironicamente, é num novo amor que nos refazemos.
O cravo e a rosa se despedaçando de tantos sentimentos.
Amor, ódio.
O que seria Eles nem sabem, mas ressuscitarão.
Primavera.
Esperança.
Nós amando pelas beiradas com medo da exposição.
Inverno.
Inferno.
Um sentimento adverso que nasce junto com o amor é advindo de uma raiva inconsciente de alguém ter nos roubado de nós próprios.