Eu chorava e não entendia, apenas não entendia, e não entender dói, e a dor fazia com que eu chorasse.
Eu sentia saudade, uma saudade apertada da gente, principalmente da gente.
Apronto agora os meus pés na estrada.
Ponho me a caminhar sob sol e vento.
Eles secam as lágrimas, vou ali ser feliz e não volto.
Discretamente enviei sinal de socorro aos amigos.
Ninguém ajudou.
Me virei sozinho.
Isso me endureceu um pouco mais.
Meu coração vai batendo devagar como uma borboleta suja sobre este jardim de trapos esgarçados em cujas malhas se prendem e se perdem os restos coloridos da vida que leva.
Vida Buenas, seja lá o que for isto que temos.
A vida não é apagável, pensei.
Nem volta atrás.
Ainda não construíram a máquina do tempo.
Ninguém virá em meu socorro.
Faz tanto tempo que invento meus próprios dias.
Preciso começar por algum ponto.