Antony Valentim

A pretexto de vender uma imagem de ‘personalidade forte’, muitos de nós evidenciamos uma nítida capacidade de ‘controle emocional fraco’.

Existe um certo tom de ingenuidade na inveja: chega a ser tolo achar que vou conseguir o que o outro conseguiu sem passar pelo esforço que ele passou para chegar lá; sem sofrer o que ele sofreu; sem abrir mão do que ele abriu; sem estudar o que ele estudou; sem pagar o preço que ele pagou.
No fundo, a maioria dos invejosos são apenas preguiçosos entusiasmados.

Eu nunca condenei a traição embasada em uma fascinação ou atração irresistível e legítima entre pessoas afins, embora ela seja um problema para resolvermos.
O que é intolerável é o maquinar racional e frio de como descartar uma pessoa que já não atende mais aos nossos anseios afetivos.
Essa sim, é a pior de todas as lesões afetivas.

Uma mãe que ame seu filho verdadeiramente, não o traz apenas à luz do mundo: o ilumina também com o sol radiante de seu coração.

Uma nação próspera é aquela que compreendeu que todo trabalho precisa ser remunerado.
Quem acha que há real vantagem em se viver de favores, está é enxotando a prosperidade da própria vida.

Futuros prontos não existem.
Existem tendências, forças regentes, tempos de vida com essa ou aquela característica de dificuldade ou de facilidade.
Mas achar que o destino seja um filme pronto em que basta acelerar a mídia para ver o que acontece adiante, é garantia absoluta de frustração.
Só somos marionetes quando queremos ser.

O grande desafio de todos nós é evitarmos cometer os mesmos erros de nossos pais.
A memória celular e morfogenética se transmite de geração em geração até que em uma delas alguém decida quebrar fluxos não auspiciosos.
Para isso é preciso observar as tendências e agir conscientemente contra elas.
Herança familiar deve ser bem recebida apenas quando composta de acertos e boas escolhas.