Mãe Mãe que adormente este viver dorido, E me vele esta noite de tal frio, E com as mãos piedosas até o fio Do meu pobre existir, meio partido Que me leve consigo, adormecido, Ao passar pelo sítio mais sombrio Me banhe e lave a alma lá no rio Da clara luz do seu olhar querido Eu dava o meu orgulho de homem dava Minha estéril ciência, sem receio, E em débil criancinha me tornava, Descuidada, feliz, dócil também, Se eu pudesse dormir sobre o teu seio, Se tu fosses, querida, a minha mãe!