A fruta no pé,
Pé descalço no chão;
Céu azul como outro dia,
Dia com a ‘cuca fria’,
Chá quente,
Cheiro de pão.
O segredo é parar de bater o pé falando que o tempo voa e começar a bater as asas voando mais alto que ele.
Curtindo meu tempo, pois o mesmo é curto.
Um absurdo Com tudo no mundo e tudo voa ao vento.
Larguei a tristeza, cuspi na grandeza com delicadeza.
Mostrei o dedo pro desgosto, com muito gosto.
Senti a brisa no rosto e saí pela vida.
Na trilha do som e do cheiro, entre outros planejes, já havia o longo tempo de um asilo; e saiu, enfrentou, nisso e naquilo, foi certeiro.
É logo ali o impossível; siga a avenida do livre arbítrio, passe a rua do convencional e dobre à esquina do inconcebível.
Confesse seu amor ao vento e deixe o leva lo, mostra lo, a quem for; quem sentir de repente, uma leve brisa quente, saberá que uma alma apaixonada o soprou.
Nos teus olhos pareço escutar o amor que ecoa sem fim; há de abafar o sombrio, o nublado, o vazio, o banal, o chinfrim.
Pela manhã molho o rosto e constato minha sorte, perdi há tempos a necessidade de encenar.
A barba branca, o cabelo ralo e da vivência o aguçado faro o voo mais acertado.
É no embalo do calor humano, arte que grita no urbano.
Salto das classes que falam aos ouvidos, destemidos artistas do azul infinito É de sal e saudade, de real e sonho, esperança e destino.