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Renilmar Fernandes

Andei pensando na minha vida e depois de muito tempo tive vontade de escrever.
Mas não sabia sobre o que escrever ou sobre quem escrever e isso me faz pensar infinitamente em milhares de coisas aleatória e aparentemente sem sentido.
Desconfio que esse sentimento ainda não tenha nome.
Às vezes é muito estranho, para não dizer difícil conviver com algo que não tem nome.
Compreendo perfeitamente que muitas coisas não tem nome.
Talvez não tenha sido descobertas ou não foi classificada importante para receber uma etiqueta.
Vejo meus amigos fazendo muitas coisas nessa vida.
Tudo muito rápido.
Geralmente essa velocidade me causa estranheza.
Sim O mesmo sentimento do início.
Muitas fotos, vídeos, viagens, casamentos, festas, realizações, filhos e família.
Tudo isso em um turbilhão de coisas que afeta até mesmo uma pessoa como eu que não está “Webmente” socializada.
Por incrível que pareça não as invejo e não me sinto desapontado por não fazer, poder ou não querer isso tudo.
Certo dia me foi dito que sou preguiçoso demais e por isso não realizo muita coisa.
Em um primeiro momento quase acreditei nisso.
Mas logo percebi e sou grato a Deus por isso não ter colado na minha alma.
Acredito no trabalho e na minha grande responsabilidade para com ele.
De vez em quando até parecer fácil.
Na verdade é sempre o mesmo jogo de sombras que faz o engano das aparências.
Há dias que acordo muito cedo, outros nem tão cedo assim.
Mas, o mais importante é sempre está feliz por acordar.
A gente se esquece de estar feliz.
E quando se lembra.
Está velho de mais e o que sobra é a nostalgia de um tempo que não se viu passar por conta da correria e do vento.
Não quero ter saudades de nada.
Esse final de semana por pura surpresa de encontrar comprei um pacote de Jelly Beans.
Havia me esquecido como eu odiava aquela balinha azul.
Também sei que não sou o único.
Falando em vento Hoje no final da tarde quando estava voltando do trabalho.
Parado no semáforo eu vi uma pipa que certamente foi cortada bailando lentamente até chegar à sarjeta da Avenida Maruípe.
Por alguns instantes enquanto o transito não andava fiquei observando para ver se alguém apareceria para resgatar o premio proporcionado por um infeliz cerol.
Não vi ninguém
Ainda tentei observar pelo retrovisor.
Mas o transito começou a andar lentamente e só me sobrou o sentimento que aquela pipa não seria resgatada por nenhuma criança ligeira e sim atropelada por algum veículo.
Quer saber o que me deixa apreensivo nessa história
É que em Vitória ainda se pode ver pipas, mas já não existem crianças.