Conto estrelas, como conto contos
Sorrio, sou rio, água corrente que lava
Como lava, derreto tudo com umas palavras
Sempre quentes como brasas, eu só queria asas.
Chove
Cai fininha na varanda
Uma água cristalina
Com um barulhinho ritmado
Que me deixa admirada
São os detalhes do viver
Que hoje, dia de finados
Me faz chorar e muito mais
Agradecer
Segundo a palavra,
A regra é de lei
O templo é de pedra
A casa é do rei
A água é sagrada,
A salvo do mundo
O tempo é escasso
Em cada segundo.
O QUE FAZER
Não posso pagar a luz
a água a conta é tamanha
remédio não tem no SUS
e o pobre sofre e apanha
só come ovo e cuscuz
e o governo atrasa e reduz
a miséria que a gente ganha.
Eu sou água corrente.
Sou fogo que queima ardentemente.
Por dias sou carente, mas te ter me deixa contente.
"A musa era de pedra, e o poeta de o rio
De tanto querer ser pedra, o poeta virou água depois virou mar "