Às vezes você também se pega numa ânsia incontrolável de apenas falar Sair por aí contando, para qualquer um, em qualquer lugar Estou assim.
Semana passada contei para uma moça em um churrasco que até agora não sei se ela se chamava Paula ou Paola.Entre todas as coisas
Eu só quero falar, falar, e falar até não ter mais fôlego.
Só quero que o mundo entenda, que me pegue no colo, que me console e que de alguma forma, eu consiga tirar isso de dentro de mim.
Mas sabe, tenho aprendido nesses últimos meses que contar não resolve.
E foi exatamente assim.
Eu estava bem com a minha vida, com a minha família e amigos.
Minha vida estava morna e eu nem reclamava.
Estava bom viver sem dramas, sem choros, sem altos e baixos.
Bate uma preguiça, né
E agora cá estou eu, contando a minha história sem nem saber o que será feito dela.
E eu não estou nem mais me importando.
Porque eu deveria O que se pode perder quando já se perdeu tudo
Para o extermínio de qualquer ilusão minha, a verdade é que todo mundo sabe o que há dentro de um quarto antes de fechar uma porta.
Ele sabe tudo o que eu sou e tudo o que eu posso ser e mesmo assim, ao me olhar de cima a baixo, mantém fielmente a decisão de se manter longe.
A minha história começou no final de Setembro quando num dia em que eu não esperava nada, ele apareceu.
É engraçado a forma como a vida tem de mudar nossos rumos, né É sempre em dias que nada prometem, em situações o mais ordinárias possíveis.
Estava achando que esse tipo de loucura não aconteceria mais comigo.
Ai, como eu sou adulta! E então ele apareceu, mas essa parte eu já contei.
O que importa mesmo é o que veio depois dele aparecer.
Foi aí que tudo se embolou.
Ele apareceu com um charme que eu posso jurar que ninguém mais no mundo tem.
Acredite em mim, o risinho que ele dá de canto de boca é de parar o coração.
E desde o primeiro segundo eu sabia que me apaixonaria por ele.
E eu me apaixonei.
Não sei precisar quando ou como, mas talvez tenha sido na semana seguinte, quando deitados na rede eu disse que algum dia me casaria com aquele adorável estranho que nada ou quase nada eu sabia.
Vivemos muito em tão pouco tempo.
Mal podíamos digerir o dia anterior e no outro já estávamos novamente juntos.
Se foi muito para mim, para ele foi ainda mais.
Ele é do tipo racional, manja Do tipo que planeja, que pensa e repensa em cada detalhe.