Toda vez que lembro do meu passado, sinto um aperto enorme no meio do peito. É como se a saudade me doesse a tal ponto que desse a impressão de que facadas entram lentamente no meu coração.
Eu me nego a falar quando o assunto é saudade. Esse campo minado, tento evitar. Para mim é doloroso demais ter que falar sobre uma época para a qual não posso mais voltar e ser feliz como antes. É tortura que não tem fim!
Dias sim, dias não, pego me pensando em você e nos momentos em que fomos felizes. Não sei onde errei, procuro em mim uma explicação e não acho. Prefiro acreditar que no futuro as felicidades do passado poderão ser revividas outra vez.
Com saudade não se brinca. É sentimento torturante, área no peito que jamais se cicatrizará. É sentir falta, é lamento, é tristeza. Não tem um único dia em que eu me recorde das pessoas que passaram pela minha vida e não me depare com as lágrimas caindo do meu rosto.
Não consigo me recuperar do passado. É como se ele estivesse tatuado em mim, mas que suas cicatrizes nunca pudessem se fechar. Meu peito está exposto, meu coração solto, sofrendo com tantas lembranças que devo esquecer.
Quando somos felizes, é difícil nos acostumarmos com menos do que já tivemos. As pessoas, quando se vão, a gente não aceita, assim como os momentos, pois sabemos que nada, nunca mais, poderá ser igual.
O passado foi muito bom comigo, tanto é que hoje já não tenho esperança de viver tempos melhores do que aqueles. Parece que algo em mim ficou lá trás, junto com todas as pessoas e lembranças. Não sou mais a mesma pessoa e tampouco acredito que a felicidade me contemplará novamente.
Meu mundo caiu e tive que seguir em frente. Não foi nada fácil. De uma hora para outra, eu já não estava mais ali, feliz e rodeado de tantas pessoas que amo. O destino é cruel e de repente nos tira de cena no auge de nossa felicidade, sem ao menos nos explicar o porquê.