A vida é um grande aprendizado.
Nos primeiros anos tudo é novo e não é muito fácil aceitar princípios concebidos por gente mais velha como os pais, e até de gente que nunca se ouviu falar.
Não há prioridades, há imediatidades, que pouco levam em conta as consequências.
O mais importante é viver intensamente o tempo que passa lerdo na época das aulas e voa nos fins de semana, férias e feriados.
Para os jovens a noite nunca é escura, no máximo tem sombras e elas dão realce, mais cor e mais temperatura a certos mistérios que parecem encantados.
Pouco importa o que possa esconder alguns perigos, o que importa é viver a aventura da vez.
Mais velhos, a gente começa a perceber que as responsabilidades ocupam mais e mais o nosso tempo.
Trabalho, casamento, filhos, algumas doenças, os pais que envelhecem.
É a gente aprendendo que a vida pode ser doce, mas também tem o seu lado amargo.
A gente envelhece mais e aprende mais, percebe que aprendeu por todo o tempo mas ainda é surpreendido por descobertas incríveis, como sorrir e sofrer pelos filhos e pelos filhos dos filhos, sentir pelos amigos que nos deixam, pelo companheiro ou companheira que parte.
Nessa hora a gente ainda aprende que a vida termina sempre desastrosamente com a morte.
Mas a jornada segue para quem fica, aprendemos a controlar a saudade para seguir em frente, aprendendo com os outros que passaram pelo que passamos e deixaram escrito, que dessa partiremos para uma melhor.