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João Donizeti Vieira (Done)

Amor Platônico
Princesa, você me cativou.
Não a culpo, porém.
Como poderia Faz parte de tua natureza cativar; ser cativado, da minha.
Eu me responsabilizo por esse meu sentimento.
Permiti que ele me dominasse.
Eu arrisquei gostar de ti mais do que por um mero momento.
Acordei com o tempo que a ti me levasse.
Mas estou agonizando e quero tê la antes que a vida passe.
Para que padecer com a tua indiferença, se o que sinto talvez seja uma quimera Não suporto mais tamanho impasse.
Primavera Não.
Inverno está sendo minha estação.
Será que é tudo em vão Há tempos atravesso um extenuante deserto.
De longe, eu a vi formar se.
Do jardim, és a flor mais bela.
Sinto um vento suave carregar o teu perfume, ar que me sustém.
O que sinto por ti, sentes por mim também Eu sigo o teu rastro, em areias escaldantes me arrasto.
Naõ quero lançar me ao precipício.
Não.
Seria um desperdício e tanto.
Eu tenho o meu valor, ainda que eu não seja totalmente santo.
Em sua lembrança me inebrio num suspirar ligeiro.
Temo que alguém te alcance e te arranque de mim primeiro.
A distância percorrida e o tempo que te admiro avaliam o que sinto, que falo e penso, que não minto, o meu sentimento.
O tempo da espera e a distância percorrida medem a minha quimera.
Cansei de deslumbrar me.
A incerteza uma hora cansa.
Ainda distante eu a percebo no apogeu da tua formosura.
Estás diferente.
Com o vento agora danças.
Quisera eu fosse real minha esperança.
Quisera eu Basta! O deserto está me suprimindo.
Sem mais demora, vou prosseguir.
É chegada a hora.