Ele é uma agonia des per ce bi da que sobe, sobe mais um pouco, sobe até eu mandar parar e fica cutucando a garganta com marcas de mão no pescoço e no cabelo.
Você só seria ele se o seu romantismo ultrapassado reverberasse nos meus cachos, nos meus lisos, nos meus crespos e na textura da minha pele.
Ele tinha tudo pra sufocar e não sufoca, me toca, me inspira e respira pra me botar no mundo de novo.
Ele é aquela sacada genial que eu tive numa manhã de quinta feira, é o meu bom humor e pode até falar pro meu chefe que a TPM não veio esse mês por causa dele.
Você só seria o melhor tipo de homem se fosse o meu tipo de garoto, de marasmo, de ventania de verão.
Só seria se me contradissesse, me contrapusesse, se fosse do contra e me irritasse.
Se me deixasse levar pra me encontrar gargalhando lá no horizonte, no espaço, nos limites de uma cidade qualquer ou no meu carnaval.
No fim das coisas, você só seria ele se me amasse.
Se me culpasse, me deixasse pra voltar, me tirasse do tédio, me dissesse as coisas todas que eu nunca espero que sejam ditas.
E se entendesse que mesmo com turbilhão, calmaria ou primavera, eu vario.
E varia também.
Varia e não me avalia, varia e me puxa pra dançar.