E la nave vá e ritorna
É preciso admitir que o Exmo.
Senhor Ricardo Lewandowski chuta melhor que seu homônimo que atua no Bayern de Munique.
Pegou de voleio uma proposta de destaque, driblou o artigo 52 da nossa Constituição e, pronto! É o caso de se dizer que foi um golpe de mestre, no qual não pode ter havido improvisação; foi uma jogada ensaiada.
Querer anular a votação do destaque levará o processo à estaca zero, o que, na ausência de jurisprudência, significará uma interminável coreografia em torno do tapetão com desdobramentos tenebrosos.
Tapetão lembra tatame, de ashi barai, osotogari, rasteira, em suma.
Os beneficiários já são os já conhecidos alvos da Lava Jato.
Poderão ser cassados e voltar a candidatar se alegres e sorridentes, com a quase certeza de serem “inocentados pelas urnas”, e assim, engrossar, ou na pior das hipóteses, manter constante o famigerado contingente dos 300 picaretas.
Quanto à “presidenta inocenta”, na pitoresca expressão do Senador Lindbergh, além de poder alegar total inocência, já que foi condenada pela metade – a velha história do copo meio cheio, meio vazio, não fica claro, com o currículo que possui, que emprego ela poderia conseguir, fora da órbita companheira.
O tempo dirá.
O melhor que resta ao comando petista seria explicar aos ‘movimentos populares’, “exercito dos Boulos e Stédile” que “oposição implacável” não significa depredar bens públicos ou privados nem a institucionalização da baderna como forma de diálogo.
Seria um gesto de grandeza do qual dificilmente será capaz.