Conta se que o jovem Tzu Chang dirigiu se um dia ao grande Confúcio e perguntou lhe:
Quantas vezes deve um juiz refletir antes de sentenciar
Respondeu Confúcio:
Uma vez hoje; dez vezes amanhã.
Assombrou se o príncipe Tzu Chang ao ouvir as palavras do sábio.
O conceito era obscuro e enigmático.
Uma vez será suficiente, elucidou com paciência o Mestre, quando o juiz, pelo exame da causa, concluir pelo perdão.
Dez vezes porém, deverá o magistrado pensar, sempre que se sentir inclinado a lavrar a sentença condenatória.
E concluiu, com sua incomparável sabedoria:
Erra, por certo, gravemente, aquele que hesita em perdoar; erra, entretanto, muito mais ainda aos olhos de Deus, aquele que condena sem hesitar.