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Amanda Seguezzi

“Pense nas casualidades que fizeram você gostar de quem se gosta, conhecer quem se conhece.
Pense nas milhões de escolhas que levaram você a estar lendo este conto.
Ou em como cada ação pode ser modificada em um pequeno instante.
Pense nas aleatoriedades que levaram Cecília a conhecer Enzo.
A maioria das pessoas não se dá conta de que um simples acaso pode mudar qualquer rumo.
Em uma escolha, seu inimigo pode virar seu chefe, ou em outra, seu chefe pode transformar se no amor de sua vida.
Vai entender..
Era dezembro de 1963.
Uma eventualidade numa fila de cinema.
Um encontro.
Uma história.
Tempos difíceis.
E o escondido passara a ser comum e deliciosamente perigoso.
Ela lia histórias para ele, já ele cantarolava pra ela.
E assim o tempo passava.
Enzo era um destemido viajante que possibilitou Cecília a ser desafiada, encarando um mundo fora de sua zona de conforto.
Mas não podiam ficar juntos.
Enzo era liberdade bruta e ela um diamante lapidado de estímulos bem pensados.
Cecília era medrosa, acima de tudo.
Como uma história de final premeditado, a pequena Cecília viu se obrigada a partir.
Medo.
Prometera que seria a última vez que veria seu amado.
Numa bela tarde nas montanhas, ela chorava, desarmada.
“ Não se preocupe, Cecília.
Não se preocupe que nada reluz mais do que o brilho do teu sorriso.” – disse Enzo enxugando suas lágrimas.
Por um momento ela acreditou e sorriu pela última vez.
O pôr do sol era um aviso e o nascer dele uma advertência imutável.
Ah Enzo, mal sabias tu que nunca mais tornaria a ver Cecília.
Enzo nunca conseguira compreender o que fizera de errado para ser esquecido daquele jeito.
Mas é assim mesmo, pessoas vem e vão, entretanto algumas não conseguem partir.
São as mesmas que não conseguem expulsar o que já deveria ter ido embora há muito tempo.
Não se consegue encontrar a força com que as outras pessoas têm de desatar esses nós de convivência com tamanha facilidade.
Você tem medo de quê uma vida não seja suficiente e que só lá no final perceba o que a sensibilidade nunca lhe pareceu consentir.
Que a gente morre.
E renasce.
Re descobre.
Re conquista.
E morre de novo, mas nunca é igual.
Era para ser revigorante, evolução obrigatória.
Era pra ser.
Observa se que o coração palpita, mas está morto.
As ilusões o abastecem e a esperança o deixa pulsando leve.
Encontra se um vazio.
Levando todos os pensamentos de toda uma vida à uma falência múltipla de um todo.
É como um sopro.
É um fantasma emocional que transpira arrependimentos e lhe faz notar que não existe apenas um rumo, eles são infinitos.
Esta é Cecília no dia de hoje.
Ela não gostaria tanto assim dele se não fosse aquele cinema em 1963.
Não o conheceria.
Não visitaria a velha sala de cinema a cada década mesmo sabendo que aquele instante nunca retornaria.
Saudade é aquele sentimento egoísta o qual não queremos que a pessoa saia de perto e não admitimos que elas possam ser felizes distantes de nós.
Enzo não conseguiu ser feliz.
Ela também não.
Apenas com ele, Cecília aprendeu que o futuro é incerto e o presente é realmente um presente.
Uma dádiva.
Mas o futuro deles nunca existiu.
Não se pode reprimir a coragem e fazê la ser menor que o medo.
1963.
O trem saía às 12hs e tanto ele quanto Enzo partiram sem Cecília.
Medo de novo.
A única coisa que Cecília recordava era de que Enzo sempre ria alto quando James Dean roubava um beijo da moça bonita do filme.
Enzo nunca a roubara um beijo, mas iria pedi la em casamento assim que se acomodassem no tal trem, contudo ela nunca aparecera.
Cecília tinha medo de que não fosse o que queria para si ou que não realizaria seus sonhos de menina ao lado de Enzo.
Que covardia.
Mal sabia ela que se jogasse suas malas num vagão rumo ao Leste de algum lugar, nunca seria tão feliz e completa.
Ah Cecília, vocês teriam filhos lindos.
Ela ainda lembra se do olhar cinzento de Enzo a convencendo de que qualquer problema seria resolvido num abraço e palavras confortáveis.
Ela não esquecera os lugares da poltrona vermelha, assim como o número da plataforma, o mês, o ano..
Ela apenas esquecera de que o tempo não era seu amigo e que apesar de viver por tantos anos, não sabia de onde tirar algumas histórias felizes para contar aos seus netos.
Ah Cecília, quantos desenganos.
Mesmo depois de décadas ela ainda consegue ouvir as gargalhadas dele ecoando nas paredes do tal antigo cinema.
O que a deixa momentaneamente feliz e a faz se arrepender amargamente por não se entregar de corpo e alma a loucura quando teve chance de ser plenamente feliz.
Indo ao encontro de Enzo na plataforma 7 naquele dia de chuva ”

Eu falo em seguir em frente, mas eu mesma nunca fui muito de ouvir os meus conselhos.
Cometo erros, esqueço aniversários e sou grossa até quando não quero.
Mas, apesar dos meus defeitos, sempre tive muitas expectativas no amor.
Sério! Como seria.
Que formato teria
O que eu não sabia, e o que ninguém me disse, é que o amor não é aquela bala perdida que te acerta sem mais nem menos.
Bom, pelo menos comigo funcionou diferente.
Foi como ter um alarme no peito e escutá lo esbravejar.
Sentir que era a hora de ser um plural.
O amor te deixa bobo e paranoico.
As nuvens passam a ter formas, os pássaros cantam mais alto.
Você não é você quando se apaixona.
O mundo é colorido em duzentos tons de vermelho e você gosta de escutar promessas, mesmo que não tenha pedido para ouvi las.
Amor é pensar fora do corpo.
Saber ler mentes, decorar trejeitos e, quem sabe até, aprender a fazê los também.
Amar é abaixar a guarda e mandar o exército de autossuficiência recuar.
Amar é compromisso.
Amar é uma palavra decisiva.
E palavras são destinos, caminhos em linhas que a alma escreve.
Escreve na parede do peito do outro.
Até porque, você não pode iniciar um incêndio sem uma faísca.
Você ama pela convivência, ama pela afinidade.
Ama e entende que ser perfeito não interessa.
Perfeição não discute, ela tem medo de ser machucada.
Pois com a perfeição não existem os receios.
Não tem meio termo.
A perfeição te deixa desleixar e some com todas as coragens que você nunca pensou em ter.
Então, por algumas vezes, posso até pensar que o amor é uma bala perdida sim.
Pois você sobrevive.
E recomeça.
E valoriza o que tem.
Faz planos, compra duas passagens, dois travesseiros.
Aprimora se por dois, se reinventa duplamente.
Dentro do nosso universo existe um equilíbrio maluco.
O que um faz, o outro faz.
No amor eu consigo improvisar.
Aprendo que ser melhor é cronológico, enquanto os sentimentos são atemporais.
Aprendo que tenho medo de cometer erros, tenho medo de passar os meus aniversários sem ninguém por perto, medo de ter um vinho na geladeira por mais de três semanas por não ter com quem beber.
Percebi que a vida não é um conto de fadas.
É concreta, com pessoas e sensações reais.
E essa realidade me envolve, atiça e pasma.
Pois, neste plano, o amor será sempre o nosso ponto de encontro.
Ponto de ônibus coberto que nos abriga em dia de chuva.
Eu subestimei o amor e a capacidade que ele teve de me mudar.
Mas o amor também me subestimou e eu provei para mim mesma até , que ter alguém para esquentar os pés (e o coração) não era de todo ruim.

Eu vou dizer que te amo da boca pra fora, com os lábios cheios de orgulho e veneno apaixonado letal.
E, gradualmente, da mesma forma em que o entardecer transita da noite para o dia, vou guardar todos os teus segredos em alguma nuvem de mim.
Aí, meus olhos vão enxergar a neblina dos teus e atravessá las feito um cometa.
A chuva do meu céu tem o mesmo cheiro que flui do teu abraço quando me cerca.
E eu fico ali, boquiaberta, orbitando fora do meu sistema, flertando com as tuas intenções, tropeçando em palavras.
Porque, por você, eu estou disposta a viver sem saber o que vai acontecer.
Aceito improvisar.
Aceito ser o agora ou nunca.
Eu quero os teus olhos escrevendo o meu nome.
Eu quero que você leia os meus lábios e sobreviva com as minhas dúvidas.
Eu quero a certeza do momento, mas não um contrato com o pra sempre.

Eu vou dizer que te amo da boca pra fora, com êxito em cada sílaba, para disfarçar a pressa que tenho em ser amada de volta.
Aí você se transformará na promessa que fiz ao vento.
Na memória ininterrupta.
Na vida que ainda não vivi.
E, subitamente, da mesma forma que o céu toca o mar em dias de tempestade, vou guardar você no meu impossível.
Aí, teus olhos vão se tornar o meu anticorpo contra o pessimismo.
Por você eu aceito ser fraca.
Aceito mergulhar em águas rasas.
Aceito ser menos tóxica.
Pois eu quero o explosivo que vem enrolado nos teus sentimentos.
Eu quero inventar as respostas das perguntas que as pontas dos teus dedos fazem ao meu corpo.
Eu quero te esconder em cada hora do meu dia.
Eu quero ser o destino que você chama de acaso.
Porque, por você, eu aceito ser coincidência.

Eu vou dizer que te amo da boca pra fora.
Que te amo pelos pulmões.
Que te amo em cada artéria.
E, naturalmente, vou descobrir que quem me envenena é você.
Aí, você aceitará ser a minha contradição.
O meu calor.
A declaração de amor que nunca fiz.

Então, seremos o óbvio.

Seremos o prazer do arrepio.
Os que se amam em três palavras, mas que podem se destruir em duas.
Mas aí, seremos fracos demais para roteirizar uma nova solidão.
Estaremos perdidos em nossa própria intimidade.
Nós não saberemos mais voltar ao início das nossas histórias se isso arrancar um da alma do outro.
A incompetência é o nosso vício.
Eu arrebento no lado mais fraco.
Eu termino onde você começa.
 Eu te amo da boca pra fora, mas isso você já sabe.

Um dia a vida te convence de que os recomeços são necessários.
Que amar demais e por dois não é recíproco.
Aprende que esse tempo de que tanto falam é desleal quando quer e honesto quando pode.
Percebe que o amor não é para os fracos, mas sim para os distraídos.
Descobre que a vida não é essa bomba relógio cronometrada que alguns dizem.
Um dia o choro abafado no travesseiro transforma se em sorriso bobo.
E você percebe que finais felizes podem não ser tão mágicos quanto o presente.
E se contenta com isso.
Entende quando o sofrer passa do ponto e para de cultivá lo.
Um dia a tempestade volta a ser apenas uma garoa fina.
E, para cada sorriso seu, uma estrela brotará no céu.
Aí, vai entender que nada pode durar além do sufoco da alma.
Vai aprender a sentir o cheiro do perigo e ir embora.
Saberá fazer as malas.
Refazer a vida.
Um dia a vida te convence de que tentar acumular uma pilha de erros com alguém não satisfará a tua felicidade.
E vai entender que nada que não passe de teoria merece a oportunidade de ser real.
Que os sonhos são maiores que as falsas alegrias.
Que difícil mesmo é ficar em cima do muro, enquanto milhares de chances preciosas são perdidas todos os dias.
Um dia você vai saber que ser sozinho não é e nunca foi , ser solitário.
E aprenderá a viver sem grades, tanto no peito quanto fora dele.
E se apaixonará pelas reviravoltas da vida, as voltas que o mundo dá.
Então, você vai encarar o passado como se não o conhecesse.
Para os outros, um mistério.
Para você, apenas mais um segredo.
Um dia, se o recomeço não fizer sentido, tente entender que, às vezes, é preciso juntar todos os montinhos de distrações e soprá los ao vento.
Compreenda que muitas pessoas vão se perdendo pelos caminhos, enquanto tentamos achar os nossos.
Assuma todos os riscos.
Leia todas as peles.
Decifre todos os mapas.
Siga fazendo o melhor que sabe.
Não deixe ninguém tentar modificar o que você é.
Pode levar tempo, mas você entenderá o valor da liberdade que o primeiro passo pode lhe proporcionar.

"Por mais sem sentido que fosse, eu simpatizava muito com a ideologia de esconder se num mundo irreal e imaginário.
Nele eu invento.
Sou rainha, dama da noite, a peça que se encaixa em todos os quebra cabeças.
Nele eu te moldo.
Reestruturo tua sensibilidade e altero o status da tua liberdade.
Nesse mundo perfeito, viajamos através das cores do arco íris e Sofrimento é o nome de um reino distante.
Aquela valsa só não é mais bonita que o pôr do sol refletindo a cor do teu olho, aquele sol não é tão mais puro quanto o sossego entorpecente que tua presença me traz.
Entretanto nunca saberás deste lugar.
Não correrás comigo na chuva de algodão e não saberás que as flores do campo se abrem devido ao teu sorriso e não por culpa da primavera.
Neste espaço, te esculpo em mil faces, mil trejeitos.
Te sequestro de mil maneiras, te roubo, me envolvo precipitadamente, contudo não me precipito em querer te tanto só pra mim.
Ficas perdido em meus labirintos, na trama dos meus cabelos e nas curvas do meu corpo.
Apenas te perco quando desperto.
Meus dedos sempre dançam nas teclas da máquina de escrever, enquanto te desenho com minhas palavras.
A realidade é perturbadora, assim como aquela saudadezinha que bate na janela de madrugada de vez em quando.
Eu não me adaptava a isso tudo, só assim eu pudera perceber que as ilusões escaparam pelas frestas do pensamento e assumiram um papel real.
Era engraçado como eu amava sozinha.
Era engraçado alimentar um animal sedento por afeto, atribuindo qualquer pequeno gesto como um sinal de esperança serena.
Realidade é olhar para uma estrela cadente e querer desejar qualquer coisa, no entanto sempre acabar comparando o sorriso dele com o brilho de uma constelação.
Inevitável não pensar.
É dançar conforme uma música desregulada onde sabes que os passos estão errados, mas sabes que não se pode modificá la ou trocar o disco por não seres tu o ser dominante.
Queria reviver aquele ensejo onde não precisava visitar esse mundo paralelo com frequência para sentir teu semblante, aquela ocasião onde eu não precisava decorar o teu cheiro e lembrá lo todo dia, pois eu podia senti lo a cada madrugada quando estavas ao meu lado.
Ah que frenesi.
Te desfaz nos meus braços de novo e me mostra que o infinito é quando nossas almas entram em sintonia e se reconhecem.
Infinito era aquela tatuagem discreta no antebraço que ele possuía.
Era como eu definia aquele pequeno instante que passava mais que depressa.
Era como se perder num universo colateral e não se importar se a eternidade perpetuasse.
Era veracidade e virou quimera.
Era exatidão e transformou se em teorias impraticáveis.
Aquilo que existe de fato nunca fora bem vindo, converteu se em infortúnios cercados de linhas cruzadas e reviravoltas inimagináveis.
Quem diria que trazendo nosso mundo à baixo eu conseguiria sorrir amarelo para as possibilidades reais da vida Mas é assim mesmo, ninguém se alimenta de presenças e lembranças não te fazem respirar.
Não tem volta e eu já me conformei.
Faço do teu silêncio um argumento e da tua ausência um contrato com o sossego, enfim."

Um menino chamado  
E tentando – ela milésima vez – ter um pouco de ti nos meus contos, percebo que o perco a cada maldita palavra, as mesmas que, por birra ou consentimento, fazem um carnaval em minha mente todos os dias.
Percebia então a minha falta de respeito com o destino não aceitando outras linhas tortas no meu caminho, justamente por me adaptar em tua linha, tão confusa, e conseguir me aninhar nela.
Desespero, talvez.
Ver te assim, tão vivo, tão morto, tão seco, fingindo prazer no nada, letargia óbvia, consciência adormecida, olhar vazio, consegui distinguir do sonho qualquer zelo que a ti já dedique, qualquer adoração maluca que, por milhas do tempo, me acompanharam feito uma máscara de porcelana.
Tinha uma boca na tua boca que não era a minha.
Você provou outro gosto, outra espessura.
Você arruinou qualquer possibilidade do nosso par – por mais sem sentido que fosse , e todos os afetos que algum dia pensei em te presentear num embrulho dourado.
Eu não chorei, porque, veja bem, por mais que sentisse a enxurrada de lembranças me dando pontapés no estômago, a fuga das borboletas, a vontade de verter tudo que um dia escapou junto com o sol naquele fim de tarde.
Apesar das pernas bambas, do caos me consumindo, do impulso insano de sair correndo e não ver, de ficar parada e aplaudir.
Apesar da inveja de quem não conheço, do sentimento de sorte por cair à ficha.
Eu descobri que eu alimentava um monstro aqui dentro, o alimentava com a tua presença, que num piscar de olhos pareceu morrer.
E ao final de tudo eu ainda conseguia sentir pena daquele menino ali tão amedrontado, tão vazio.
Ele era só um menino.
Ele era um menino tão só.
Contemplei a inexatidão dos olhos que há muito me acompanhavam nas mais diversas formas de sonho.
Eu admirava o medo transcendendo em silêncio, e posso até ousar ao dizer que eu sentia o cheiro do teu desespero e ele fedia.
Compreendi então, num lapso, que não precisaria mover um dedo, encontrar um significado para tanto desalento ou um conforto para a tua desordem.
Percebia através da nuvem negra no contorno do teu corpo que tua desconsolação iria te matar aos poucos e você iria seguir  se depredando.
Sumindo.
Virando o pó de uma biblioteca com livros sem história alguma.
E até me atrevo a dizer que Gabito Nunes lhe dedicou a frase: “Você mal deve ter uma alma, quanto mais gêmea de alguém.”.
Caiu a ficha de que eu não preciso querer o mal de quem faz isso sozinho, sem precisar de alheios. Acho que você vai me acompanhar pra sempre a cada loucura, a cada gargalhada alta.
Porque você preencheu um vazio em mim que eu nem sabia que existia, e agora eu me sinto vazia também.
Vazia de nós.
Depois de tudo, eu ainda te desejo um novo recomeço e uma nova perspectiva.
Eu te desejo um infinito mais bonito, mesmo que nunca o tenha visto.
Desejo nunca mais te ver de novo.
E pode passar quanto tempo for, eu acho que ainda vou te dedicar os meus melhores versos.
 Um menino chamado      
Desculpa, mas eu acho nem sei o teu nome direto.