A vida de Georgina
Um dia o oceano inchou pela tempestade,
Iemanjá reuniu as águas de seus vários rios.
Orgulhosa de invadir tudo,
marchando para a conquista
neste vasto universo;
Uma voz levantou se do meio das tempestades,
e Oxalá, com tantos testemunhos sofridos, agitou as ondas em grande tormenta.
Assim, quando, atormentados pela raiva impotente,
os soldados da injustiça, ameaçados por um naufrágio,
comandavam o navio negreiro.
Em nome do Reino da liberdade,
uma mulher, pairando sob o templo da suprema eternidade,
com a ajuda dos Orixás, regou com suas lágrimas as sementes da cura.
Curou as feridas abertas dos escravos, cobriu o lamento com seu canto triste, e o vento soprava o choro.
Georgina, a filha dos Orixás, uma heroína.
Os gemidos da África acordam seus filhos
com dificuldade.
As algemas cantam o lamento da solidão, seus campos de trabalhos forçados clamam o fim da escravidão.
O mar balança os grilhões,
e isso traz o ruído que irrita seus filhos.